A parceria entre as equipes assistenciais do Hospital César Leite garantiu o retorno do paciente Marcelo para sua casa. Após cinco meses internado, ele voltou para sua residência com um equipamento fundamental para respiração.
Quando chegou ao hospital em dezembro, Marcelo foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). com diagnosticado prévio ELA (esclerose lateral amiotrófica), doença que resulta em paralisia motora e de musculatura respiratória progressiva e irreversível. Em pouco tempo, deixou a UTI e foi para a enfermaria. No entanto, o desafio era conseguir um aparelho bipap para auxiliar a respiração e, assim, permitir que retornasse para sua casa. Na semana passada, essa espera acabou.
EMPENHO
O Coordenador do Setor de Fisioterapia do Hospital César Leite, fisioterapeuta Jonas Heiderick, conta que as equipes multidisciplinares se dedicaram ao máximo no atendimento. Houve mobilização para proporcionar o regresso do paciente para casa, buscando oferecer a Marcelo e sua esposa mais conforto e retorno à convivência familiar. Para isso, o paciente precisava ter um respirador em casa.
O aparelho para auxiliar na respiração é garantido pelo Programa de Assistência Ventilatória Não Invasiva aos Portadores de Doenças Neuromusculares, previsto em portaria do Governo Federal. No entanto, a Administração da cidade de origem do paciente não viabilizou o equipamento. Foi um tempo demorado e que exigiu todo o empenho das equipes, a elaboração de laudos e até uma medida judicial. O aparelho custa 23 mil reais. Agora, com ordem da Justiça foi entregue.
Jonas Heiderick agradeceu “a dedicação da esposa do paciente, Cirlei, o empenho da equipe de fisioterapia do hospital a Fisioterapeuta Mariana de Castro e o Fisioterapeuta Randerson Duvanel que deu total assistência motora e respiratória. Outros apoios fundamentais foram da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional, a Coordenadora Mônica Hubner a Nutricionista Paula e a enfermeira Ivanete que se esforçaram para que o paciente mantivesse toda nutrição adequada para seu retorno para casa; toda equipe de Enfermagem que se empenhou no cuidado diário com Marcelo e ao Dr. Luiz Chaves pelo suporte durante esse tempo e pela valorização da equipe multidisciplinar”.
No entanto, o coordenador reforçou que o caso serve também para alertar a população. Enquanto em alguns municípios, a liberação é quase imediata, em outros a demora é exagerada, prejudicando o retorno do paciente para seu lar. “Queremos alertar a população que a pessoa tem o direito de receber o aparelho em casos de doença degenerativa neuromuscular, como a ELA”, ressalta Jonas.
Finalmente, depois de cinco meses internado, o paciente pôde voltar para sua casa. O esforço conjunto das equipes assistenciais do HCL demonstram a preocupação com as pessoas e a importância do tratamento humanizado para a qualidade de vida dos pacientes.